- Se um aluno não compreendeu um conteúdo, é preciso retomar os conceitos com novas atividades e estratégias - sem, é claro, deixar de seguir com o programa
Qualquer um conhece o
esquema: no fim do ano, a escola dá a última chance aos que não alcançaram a
nota mínima. Durante duas semanas, já devidamente rotulados de "aqueles
com dificuldade de aprendizagem", eles têm de rever todos os conteúdos
(juntamente com colegas das demais salas) e fazer uma prova. Quem tira nota boa
passa de ano. Quem não tira é reprovado. Você acha que a recuperação funciona
(só) assim? Esta reportagem indica um novo caminho - e mostra que é possível
adotar uma concepção de ensino e de aprendizagem diferente da antiga visão de
que, "se o estudante não sabe a matéria, o problema é (d)ele".
Já é
amplamente conhecida a premissa de que todos podem aprender, sem exceção - e
que cada um se desenvolve de um jeito próprio - e num ritmo particular.
"Os professores sabem que a classe não responde de forma homogênea à
apresentação de um conteúdo de estudo e que nem todos compreendem usando as
mesmas estratégias cognitivas", explica Jussara Hoffmann, especialista em
avaliação e professora aposentada da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS). O que fazer, então? Cipriano Luckesi, da Universidade Federal da Bahia
(UFBA), sugere a seguinte abordagem: "Se, ao verificar quem aprendeu o
quê, você percebe que um ou mais estão com dificuldade, é preciso repensar as
estratégias e materiais para eles". Ou seja, para quem acredita que
ninguém vai ficar para trás, a única saída é fazer a tal recuperação sempre.
Ao avaliar o aluno e identificar suas
dificuldades, muitas vezes torna-se necessário que este frequente as aulas de
reforço para que o aluno supere suas dificuldades e possa acompanhar a turma.
A reportagem trás como o docente pode planejar o reforço sem atrasar ou alterar
de forma brusca o cronograma letivo.
Por Jessica Priscila,
Luciana Gomes e Priscila Fuzita
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